"But that love you felt, that's just the beginning. You just got a taste of love. That's just
limited little rinky-dink mortal love. Wait till you see how much more deeply you can love
than that. You have the capacity to someday love the whole world. It's your destiny."


domingo, 20 de setembro de 2009



Gosto da pontuação. A pontuação que pára.
Que discorre interminavelmente sobre assuntos que não são realmente fundamentais para a continuação da nossa existência enquanto seres que não gostam de prestar atenção em uma coisa só por muito tempo. [Lê-se: impacientes.]
Gosto de abusar dos pontos.
Gosto principalmente de pontuar os abusos.
;)
Gosto de enfiar pontos em cada canto dos meus textos, mesmo que para a minha lógica seja razoável colocar um ponto em cada espaço de palavras. É difícil me conter. Espaço de palavras é o meu ponto franco, acredite.
Gosto especialmente dos pontos finais, que apreciam enormemente a última linha.
Quem precisa de pontos de exclamação quando pontos finais gritam tão ensandecidamente? Falo sério... O ponto final já me provou a sua auto-suficiência. Ninguém precisa de pontos de exclamação, ora essa!
Somos muito bem sozinhos, eu e o ponto final. Temos quase um romance... Ele vai até onde eu paro. E eu vou até onde ele faz a curva, decompondo-se em vírgulas dançantes.
Essas vírgulas... crianças, irmãs cedilhas.
Não grito aos quatro ventos que prefiro o ponto final para não causar intriga entre os pontos. O que conta é que todos me são últeis. O que conto é que sempre aumento um ponto.
Fico imaginando o que você sente quando chega nos pontos do meu texto. Me pergunto por quanto tempo você suspenderá a leitura em um travessão, temendo o que vem a seguir, ou por quanto tempo você prolongará a pausa de uma vírgula para digerir o que eu acabei de dizer. Me pergunto o quanto você foi tocado pelas palavras que vieram logo antes... O segredo não está nas palavras, devo dizer. Está nos pontos. E sempre que eu ponho um ponto, me pergunto o que você sentirá quando chegar nele.
Nada?
Bom, é assim com pessoas vazias.
Não entenderiam mesmo o valor que os pontos têm.


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